ABDOME

Procuradas por homens e mulheres, cirurgias para melhorar a estética do abdome e resultar em um corpo harmonioso e esteticamente bonito, envolvem o trabalho em mais de uma parte do torso. Para cada tipo de pessoa é recomendado um tipo de procedimento, que é definido pelo médico após uma série de exames.

Quem mais procura cirurgias para melhorar a estética do abdome são as mulheres, já que passam por diversas alterações no corpo relacionadas à gravidez. Porém, os homens também sofrem com mudanças nessa região devido ao aumento de peso.

São muitos os fatores que impactam na estética da área abdominal, por isso, o procedimento cirúrgico deve levar em conta diversos aspectos. E, o mais importante: nem sempre o que funciona para uma pessoa é benéfico para outra. Um exame clínico, realizado por um especialista é fundamental para identificar os pontos que podem ser aprimorados e quais são as melhores técnicas e tratamentos para cada pessoa.

Durante o processo de avaliação vários detalhes são analisados: a presença de cicatrizes e qualidade da pele, a localização de excessos de gordura, a existência de fraqueza muscular e até mesmo a relação entre altura e circunferência abdominal são importantes para que se discuta, individualmente, quais são as possibilidades e resultados possíveis. Com os dados desse exame físico o médico mostra ao paciente o que precisa ser tratado e qual a melhor forma de fazê-lo.

 

De olho no todo

Para um resultado harmonioso é preciso pensar em toda a região do tronco, também chamada de torso. Assim, em diversos casos, o tratamento abdominal envolve também as laterais, chamadas de flancos, além da região lombar. Afinal, ninguém quer ficar com um abdome bonito e deixar gordurinhas das costas marcarem as roupas!

 

Lipo

Para remover a gordura acumulada a cirurgia que demonstra melhores resultados nessa região é a lipoaspiração. O procedimento, muitas vezes temido, é o mais realizado na cirurgia plástica, tendo uma técnica já muito bem estabelecida e segura. Como qualquer cirurgia plástica, a lipoaspiração deve ser realizada por um cirurgião com habilitação adequada.

Os melhores resultados da lipoaspiração são vistos naquelas pessoas em que a pele que recobre o acúmulo de gordura tem firmeza e não apresenta muitas estrias.

Nos primeiros dias após a cirurgia, o paciente apresenta inchaço intenso e sensibilidade no local, mas a melhora no contorno do corpo já pode ser visto. A recuperação é rápida e é necessário o uso da cinta por pelo menos um mês, além de sessões de drenagem linfática, que ajudam a atenuar as fibroses, diminuem a retenção de líquido e o inchaço, e promovem bem-estar.

 

Cirurgias combinadas

Nem todos os pacientes alcançam os resultados esperados apenas com a lipoaspiração. Quando a pele tem estrias ou flacidez acentuada é necessária a retirada de uma porção dessa pele excedente.

Há três procedimentos utilizados para tratar o excesso de pele: dermolipectomia clássica (também conhecida como abdominoplastia), minidermopilectomia (ou miniabdominoplastia) e lipoabdominoplastia. A indicação adequada de cada uma leva em conta a quantidade de pele a ser retirada, bem como a necessidade de tratar uma flacidez associada à musculatura abdominal. A posição do umbigo e a altura da paciente também são fatores que influenciam a escolha da técnica cirúrgica, assim como o tabagismo e diabetes que não impedem a cirurgia, mas podem exigir um procedimento diferente. Entenda cada um:

A dermolipectomia retira a porção de pele e gordura que existe do umbigo para baixo. O umbigo é mantido em sua posição soltando-se a pele e gordura ao seu redor. Esse descolamento é feito em direção até as costelas para que se possa expor e ajustar a musculatura do abdome.

Depois de tratada a flacidez, a pele e gordura soltas são estendidas sobre o abdome e se faz um novo orifício para encaixar o umbigo que está preso à musculatura. Como resultado final há uma diminuição da cintura, além da projeção do abdome.

Apesar de seu ótimo resultado, essa cirurgia é menos indicada a pacientes tabagistas ou que apresentem doenças causadoras de distúrbios de circulação. Para esses e também para pessoas que apresentem uma distribuição muito desigual da gordura do abdome é mais indicado o tratamento por meio da lipoabdominoplastia. Essa técnica permite a aspiração dos acúmulos de gordura e o ajuste da musculatura e pele que estão excessivos.

A cicatriz da pele é semelhante nas duas técnicas e fica acima do osso da pube. O tamanho da cicatriz é definido pelo tamanho da sobra de pele: quanto maior a sobra a ser retirada, maior a extensão da cicatriz. O lado positivo é que a marca é pode ser coberta pelo biquíni ou a sunga e, se o paciente seguir corretamente as recomendações no pós-operatório, a cicatriz terá um bom aspecto.

Já para os pacientes mais longilíneos, com menos sobra de pele e umbigo posicionado mais superiormente no abdome, há a opção da minidermolipectomia. Aqui, o descolamento também vai até a altura das costelas incluindo o umbigo, que fica preso na pele e solto da musculatura. Ajusta-se, então, a musculatura da mesma forma que na dermolipectomia e o retalho de pele e gordura é estendido sobre o abdome, fixando-se o umbigo um pouco mais abaixo do que a sua posição original. O excesso de pele junto ao pube é retirado e a cicatriz final é um pouco mais curta que nas outras cirurgias.

Em todos os casos é possível associar a lipoaspiração de acúmulos gordurosos de flancos e região lombar com a cirurgia proposta para o abdome. O resultado fica muito mais harmonioso no seu conjunto.

 

Pós-operatório e cicatrizes

O primeiro mês da cirurgia plástica no abdome, independentemente da técnica utilizada, exige disciplina do paciente em relação a todas as orientações médicas. Há possibilidade de uso de dreno, para evasão do líquido (seroma) acumulado abaixo da pele, nos primeiros dias. O paciente precisa, ainda, de repouso – e precisará ficar um tempo, determinado pelo médico, sem exercícios físicos ou qualquer tipo de esforço. O tempo de repouso é variável para cada paciente, mas é recomendado a todos uma restrição mais intensa de movimentos nos primeiros 15 dias. Depois disso, o paciente é liberado para caminhadas suaves e para dirigir, e irá aumentando progressivamente a intensidade do seu esforço. Nos casos onde for feita a correção da musculatura ou de hérnias deve-se evitar carregar pesos por até dois meses.

O uso da cinta também é fundamental para a recuperação do paciente, além de sessões de drenagem linfática para diminuir a retenção de líquido e promover bem-estar. Tais sessões devem ser realizadas por profissional capacitado e com movimentos especiais para pacientes em pós-operatório.

Seguir as orientações médicas faz toda diferença na cicatrização e recuperação após a cirurgia.