CIRURGIA DE MAMA

Seios bonitos são o sonho de milhões de mulheres que se submetem à cirurgia plástica, para diminuir, aumentar ou corrigir flacidez das mamas. Os procedimentos são seguros e, com avanço das técnicas, as cicatrizes que ficam são pequenas e com aspecto satisfatório. Além da estética, a cirurgia contribui para a autoestima e também para a saúde, já que alguns em alguns casos o excesso de peso das mamas pode provocar dores nas costas e dermatites.

Muitas mulheres buscam mamas com contorno gracioso e compatível com a estrutura corporal. Por isso não é difícil imaginar que a mamoplastia seja uma das cirurgias mais desejadas pelas mulheres, ainda mais se considerarmos as alterações que podem ocorrer depois de uma gestação, como perda de forma ou mudança do tamanho, fatores que podem causar um desconforto estético em muitas pessoas.

Há três grupos de cirurgias estéticas que são realizadas nas mamas femininas. As mamoplastias redutoras, que diminuem o tamanho e melhoram a forma; as mastopexias, que são cirurgias feitas apenas para corrigir a flacidez das mamas; e as mamoplastias de aumento, nas quais é realizada a colocação de próteses de silicone. Essas cirurgias podem ser combinadas dependendo da forma e do desejo de resultado da paciente.

Mamoplastia redutora

Quando as mamas são grandes e tornam-se muito pesadas, além de perderem a forma pelo estiramento da pele, causam grandes incômodos psicológicos e físicos. Dores nas costas, assaduras da pele, dificuldade para achar uma roupa confortável são apenas algumas das queixas mais comuns relatadas pelas pacientes.

As reduções de mamas são procedimentos de maior porte e há uma variedade de técnicas utilizadas para atingir o melhor resultado, mantendo a menor cicatriz possível e a melhor circulação e sensibilidade. Uma regra básica é preservar a função e a sensibilidade ao máximo permitindo, assim, que as mulheres submetidas à redução de mamas possam amamentar.

A cirurgia proporciona uma correção do tamanho com reposicionamento da forma. Os casos de assimetrias mamárias, quando tamanho e forma são muito diferentes, também são corrigidos com o procedimento. Apesar de existirem várias técnicas, o cirurgião experiente sabe que cada paciente é única e deve empregar a técnica que mais benefícios trouxer àquela paciente.

Pela característica da circulação e sensibilidade da aréola, as técnicas de redução de mamas resultam em uma cicatriz em forma de âncora ou também chamada de ‘T’ invertido. O segmento da cicatriz que fica no sulco sob a mama varia em comprimento, de acordo com a quantidade de sobra de pele, depois que se reduz a quantidade desejada de glândula.

O tamanho das cicatrizes é proporcional à quantidade de tecidos retirada: quanto maior, mais sobra de pele e maiores as cicatrizes. No passado, as cicatrizes eram um grande fantasma para quem passava pelo procedimento. Hoje, porém, a situação evoluiu muito. Novas tecnologias aprimoraram as técnicas cirúrgicas e também os cuidados pós-operatórios. Assim, as cicatrizes ficam pouco aparentes depois dos três a quatro meses após o procedimento.

Nas consultas que antecedem a cirurgia, paciente e médico conversam sobre o tamanho final desejado, levando-se em conta a proporção de ombros e quadris e o próprio gosto da paciente. São consideradas outras questões relevantes quanto à consistência da glândula, idade, futuras gestações ou presença de alterações na mama.

Outras queixas como acúmulos de gordura na região da axila, que se avoluma na cava de uma blusa sem mangas, ou que se estende pela lateral do tórax podem ser tratados no mesmo procedimento. A presença de glândulas mamárias acessórias na axila também pode ser cuidada na mesma cirurgia.

 

Preparação para a cirurgia

Exames de exclusão de patologias tumorais são obrigatórios antes da realização de qualquer procedimento. Na dúvida, complementa-se com novos exames até que haja um esclarecimento sobre possíveis lesões e nódulos existentes. Outros exames de avaliação global do estado de saúde são necessários previamente à cirurgia.

A anestesia geral é empregada nesses casos pela segurança e comodidade que proporciona para este tipo de cirurgia. As pacientes costumam relatar pouca dor no pós-operatório e a permanência no hospital é de no máximo um dia.

A duração da cirurgia depende muito da dificuldade técnica de cada caso. Em média o tempo em sala cirúrgica varia de três a quatro horas. Se necessário, devido a superfície de tecidos a ser retirada, são utilizados drenos que ajudam a desinchar mais rápido e tornam a recuperação mais amena, com melhor resultado estético final. A paciente deverá fazer uso de um sutã com compressão firme e boa sustentação da área operada por um período aproximado de 2 meses, especialmente durante a prática de atividade física.

 

Mastopexia ou Correção de flacidez

A perda de forma por flacidez ou ptose é uma queixa frequente nas mulheres. Pode acontecer pela diminuição da glândula depois de gestações, aumento da flacidez de pele ou grandes perdas de peso.

A retirada da pele que está excessiva devolve o contorno perdido. As cicatrizes resultantes dessa retirada de pele são semelhantes às da mamoplastia redutora, com a forma de um ‘T’ invertido. Se o volume de mama é menor que o desejado pela paciente pode-se, além de corrigir a flacidez, aumentar o tamanho com próteses de silicone. Os resultados são muito satisfatórios e a recuperação necessita de uma restrição de movimentos dos braços para que as cicatrizes fiquem pouco aparentes.

A duração da cirurgia varia de uma hora e meia a duas horas e prefere-se a anestesia geral pelo conforto que propicia com menor sangramento. A permanência no hospital é de 12 a 24 horas. A dor no pós-operatório é pouco relatada pelas pacientes e tratada com analgésicos. A paciente sai da sala de cirurgia com um sutiã que comprime suavemente as mamas, apenas para sustentar o peso e não deixá-lo forçar as cicatrizes. Este sutiã é utilizado por dois meses, em especial se a paciente praticar corrida ou outras atividades físicas de alto impacto.

 

Mamoplastia de aumento

A mamoplastia de aumento consiste na inclusão de próteses de silicone para dar mais volume às mamas. As próteses de silicone já passaram por questionamentos quanto a sua durabilidade, mas são completamente seguras quando utilizadas de marcas renomadas, confeccionadas dentro dos mais altos padrões de segurança, com rígido controle de qualidade e rastreabilidade.

A definição do tamanho é uma questão muito pessoal, mas as mulheres que buscam aumentar suas mamas devem levar em conta sua estrutura óssea para evitar exageros. Quanto mais balanceado o volume com a estrutura corporal, mais natural será o resultado.

A colocação das próteses pode ser realizada por incisões no sulco sob a mama, que são facilmente camufladas e tornam-se imperceptíveis. Com essa incisão coloca-se as próteses sem seccionar a glândula ou terminações nervosas, o que garante que a paciente possa amamentar no futuro, além de preservar a sensibilidade local. A decisão sobre colocar próteses na frente ou atrás do músculo peitoral deve ser feita com base na posição da glândula em relação ao músculo e na espessura da camada de gordura e da glândula mamária existente.

A cirurgia dura entre uma hora a uma hora e meia e a paciente pode deixar o hospital no mesmo dia. A dor no pós-operatório é facilmente controlada com analgésicos e a recuperação precisa ser feita com uma restrição de movimentos dos braços por 30 a 40 dias.

 

Controle após a cirurgia

É importante que a paciente obtenha as informações e as orientações adequadas para o uso da prótese de silicone. Ao contrário do que se ouve, por exemplo, a durabilidade das próteses não é definitiva ou semelhante para todas as pacientes. Por isso, há a necessidade de um controle cuidadoso em tempos maiores do que 10 a 15 anos desde sua inclusão. Os médicos devem orientar suas pacientes a fazer seus retornos tardios para acompanhar possíveis alterações na forma e textura das mamas.

Por meio de exames de controle, pode-se verificar o estado de conservação dessas próteses. Quando houver ruptura ou suspeita de desgaste, a substituição é realizada de forma simples, evitando-se impactos negativos para a saúde e a qualidade de vida da paciente. Tais exames de controle são indicados no mínimo a cada 5 anos até os 10 anos após a cirurgia. A partir daí, o intervalo de controle deve ser menor, a cada dois anos, para garantir a segurança da paciente.