Face, pele, pescoço e pálpebras são os elementos que, juntos, formam a expressão de cada um. Procedimentos cirúrgicos nessas regiões podem rejuvenescer e, ainda, melhorar a visão. As cirurgias levam em conta uma série de fatores, e paciente e médico devem conversar bastante para definir de forma clara o resultado desejado.

Uma expressão alegre faz um rosto parecer mais jovem, mas uma pele envelhecida pode também provocar o sentimento oposto, dando um falso ar de tristeza ou de preocupação. Quem busca por um tratamento facial quase sempre tem essa queixa e gostaria de aliviar os traços que tornam sua feição negativa.

Algumas características da passagem do tempo são facilmente observáveis como rugas e flacidez da pele, mas existem muitas sutilezas que frequentemente são ignoradas causando certa estranheza na fisionomia de algumas pessoas submetidas a tratamentos estéticos.

Para melhorar a expressão de forma efetiva é preciso identificar os pontos ou sinais que mais se transformaram com a passagem do tempo e analisar qual o melhor conjunto de ações para ameniza-los ou corrigi-los. Nessa busca, considera-se sempre o conjunto da face. Isso porque é impossível mudar apenas uma característica isoladamente sem trazer uma distorção da fisionomia, criando uma nova identidade visual.

Há situações em que mudar a identidade é um desejo. A rinoplastia é um exemplo disso. Uma pessoa com um nariz de proporções incompatíveis com a face pode mudar exclusivamente esse ponto, tornando a fisionomia mais equilibrada. Mas nem sempre uma nova identidade visual é harmônica ou desejada. Imagine uma pessoa com uma flacidez generalizada e pele de textura muito fina. Se apenas a face for corrigida, sem que se atente ao conjunto do pescoço, haverá um resultado insatisfatório, em que a intervenção facial será nítida e destoante.

Pele

A pele é, sem dúvida, o ponto alto da beleza de uma face. Uma pele firme, viçosa, sem manchas ou cicatrizes é um fator determinante para a beleza e a feição saudável e alegre. O mesmo se pode afirmar no contrário: uma pele com problemas compromete um rosto mais bonito.

Apesar de muito temidas, as rugas não são as maiores vilãs de um belo rosto e algumas as marcas de expressão dão naturalidade à estética individual. Por isso, a tentativa de preencher indiscriminadamente os tecidos da face para estica-los tem se mostrado, em muitos, uma transformação agressiva e que torna pessoas bonitas em máscaras praticamente inexpressivas.

Por isso, é fundamental entender o papel e os resultados das cirurgias estéticas e dos tratamentos estéticos. Ao contrário do que se imagina, estes não são procedimentos com o mesmo propósito e os mesmos resultados. Ambos têm o objetivo de melhorar a aparência de uma face envelhecida, mas cada um tem seu papel – que podem ser complementares, mas um não substitui o outro.

O bom tratamento estético, seja ele com cosméticos, laser ou cirurgia, leva em conta quais são as necessidades específicas daquele paciente, considerando também sua condição clínica e queixas.

Dessa forma, mesmo que uma cirurgia de lifting tenha uma técnica padronizada, ela poderá ser realizada em setores da face ou em toda a região. Por isso, há variações como o minilifting, lifting de terço médio, lifting cervical, frontal etc. Todos esses procedimentos são alusões ao uso de uma técnica cirúrgica mais ampla que é restringida apenas àquilo que precisa de correção.

Face e pescoço

Uma análise cuidadosa situação das camadas de tecidos sobre a face e o pescoço é fundamental para escolha da melhor técnica de ritidoplastia ou lifting, e como será essa intervenção em sobre cada camada.

Isso porque temos em nosso corpo uma estrutura óssea que é recoberta por várias camadas de tecidos moles. A quantidade desses tecidos depende de cada segmento corporal. Por exemplo, há maior espessura de músculos na coxa do que no punho. Na face e no pescoço há camadas de tecidos moles, sendo as mais próximas do osso relacionadas a músculos da mastigação, deglutição, glândulas salivares, nervos e grandes vasos sanguíneos e linfáticos do pescoço.

Na face, notamos uma característica muito interessante, pois exite uma outra camada de músculos, mais superficiais e que não estão fixos a nenhuma estrutura óssea. Eles estão ligados entre si por meio de uma camada de colágeno que os mantêm unidos, estão sob a pele, separados desta por uma fina camada de gordura.

Com esse arranjo, esses músculos se contraem e são criadas marcas de expressão. Durante a vida, essas marcas vão ganhando mais profundidade. Por exemplo, quem sorri ou constantemente aperta os olhos para escapar da luz tende a marcar a lateral dos olhos. Mas não é só a força destes músculos que aprofunda as pregas. A pele que está sobre a musculatura também se desgasta devido a exposição solar, o que causa destruição de fibras elásticas e diminuição do colágeno. Isso a torna mais fina e frouxa, aumentando a profundidade do vinco.

Como as fibras elásticas que manteriam a pele mais contraída não se refazem, é importante manter as fibras de colágeno mais ativas e presentes na pele. Este é o papel dos tratamentos estéticos a laser ou cosméticos.