GINECOMASTIA

Homens podem ter a região das mamas aumentadas, ao longo da vida, por diversos fatores. O forte estímulo hormonal na puberdade ou até na idade adulta, o uso de hormônios, suplementos ou mesmo determinadas doenças podem provocar a ginecomastia. O procedimento cirúrgico é relativamente simples e contribui para a melhora estética e da qualidade de vida.

Durante a puberdade, é possível que o grande estímulo hormonal possa induzir o crescimento da glândula mamária em meninos. Homens que tenham grandes ganhos de peso ou alterações hormonais, sejam espontâneas ou induzidas pelo uso de anabolizantes ou suplementos para ganhos de massa muscular, podem também se tornar vítimas desse aumento indesejado e altamente constrangedor para os pacientes. Há, ainda, homens que têm as mamas aumentadas devido a eventos adversos relacionados ao uso de alguns medicamentos ou mesmo tratamentos quimioterápicos contra o câncer, falha renal, doença hepática ou envelhecimento.

A procura pela correção deste problema ocorre em diversas faixas de idade. A primeira medida tomada pelo médico especialista excluir a causa do aumento da mama devido a algum tipo de tumor. O câncer de mama, por exemplo, pode também acometer homens, apesar de sua incidência ser rara. Assim, ao examinar o paciente, o médico perceberá se há um aumento da região por volume excessivo de gordura ou por aumento da glândula mamária. Além do exame clínico, são necessários exames de imagem e pré-operatórios. Dentre eles, está o ultrassom de mamas.

 

Entenda o procedimento

A retirada do excesso de gordura da região das mamas é realizada com o auxílio da lipoaspiração. Adicionalmente, a glândula é retirada por meio de um corte na porção inferior da aréola, por onde se descola o excesso de glândula. O tecido removido deve ser enviado para exame anátomo-patológico.

A incisão é fechada com pontos internos reabsorvíveis, sendo desnecessária a retirada dos mesmos. O curativo feito na região é essencial para impedir a formação de hematoma no local da retirada da glândula. Em alguns pacientes, quando há uma área de retirada bastante significativa, podem ser usados drenos que permanecem por um ou dois dias. O curativo deve ser compressivo e o paciente deve permanecer sem movimento por no mínimo 3 a 4 dias. A melhor forma de se conseguir uma boa compressão é o uso de malhas compressivas específicas, semelhantes a uma camiseta elástica que mantem a compressão durante todo o tempo desejado.

Deve-se evitar movimentos amplos com os braços por no mínimo 3 semanas, sob risco de sangramentos e/ou alargamento das cicatrizes. Esportes que requeiram movimento dos braços devem ser retomados apenas após um mês da cirurgia. A cicatriz resultante é pequena e facilmente camuflada. Mesmo com o inchaço inicial pós-cirúrgico, o paciente já consegue perceber uma nítida mudança de contorno da área.

A cirurgia é feita em hospital, mas o paciente pode receber alta no mesmo dia.