Ingerimos nos dias atuais muito mais produtos alimentares e numa velocidade digna de competição, mas quando pensamos no que comemos nada se parece com alimento de verdade. Temos à disposição centenas de milhares de produtos, isso sem falar nas facilidades de se pedir comida delivery ou de termos uma refeição a jato nas cadeias de fast-food. Nada parece satisfazer essa voracidade que nos deixa ansiosos, famintos e doentes, obesos e dependentes. Aonde vamos parar?
Não me lembro de quando criança ter tido tanta necessidade de comer, nem via os adultos com tanta voracidade. Ao contrário, eram comuns as queixas de indigestão após os exageros. Mas o que mudou em tão pouco tempo? Não foram os alimentos, nem a fisiologia que rege nosso corpo. A teoria da evolução e adaptação não funciona de forma meteórica. O que mudou foi aquilo que ingerimos pensando ser alimento.
Esse tem sido o nosso maior pesadelo. Tanto por permanecermos constantemente famintos e ansiosos, quanto por estarmos obesos e desnutridos. Pobres de nós…
Já se conseguiu comprovar que o nosso cérebro reage ao
sabor doce dos adoçantes aumentando a secreção de insulina.
Já se conseguiu comprovar que o nosso cérebro reage ao sabor doce dos adoçantes fazendo com que nosso pâncreas secrete mais insulina. A insulina secretada serve para diminuir o teor de açúcar no sangue quando ingerimos algo que contém muitos carboidratos e açúcares. Se nada disso existe, ela não tem muito o que abaixar e logo vai fazer com que a nossa taxa de açúcar no sangue caia e aí voltamos a sentir fome.
Por que não usamos nossa reserva de glicose que está transformada em gordura para matar essa fome? Porque a insulina enquanto presente na corrente sanguínea não nos deixa acessar essas reservas. E isso não é erro de projeto, é proteção de outras funções.
Adoçantes são ruins sempre,
mesmo os mais sofisticados e ‘naturais’.
Por isso, mesmo que você use adoçantes ‘naturais’ e ‘sofisticados’, o efeito final é sempre deletério quando se pensa em como o cérebro reage a eles.
Comida ultraprocessada contém ingredientes que por si só já são processados e apenas imitam cor e sabor, mas sem ter os mesmos nutrientes. Então, estamos sempre devedores nessa contabilidade cruel, daquilo que se ingere frente às necessidades. Ingerimos quantidade sem conseguir preencher nossas necessidades mínimas de nutrientes importantes.
Não é à toa que precisamos de suplementos, vitaminas e tudo o que vem atrás nessa indústria milionária de produtos ‘saudáveis’. E como efeito colateral andamos obesos ou irremediavelmente famintos.
Como se sai dessa armadilha? Do jeito mais simples possível, posso assegurar!
Coma à vontade aquilo
que não tiver rótulos
Coma à vontade aquilo que não tiver rótulos, só isso! Como assim?
Tudo o que você comprar in natura e transformar numa receita deliciosa está liberado. Aquilo que vier em embalagens está fora de cogitação. Lembre-se de que os frios vendidos fatiados vieram de dentro de embalagens e sabe-se lá quais…
Produtos que você lê a lista de ingredientes e descobre que são poções químicas não servem como alimentos. Então deixe-os para quem os criou, não são para você.
Exceções à regra para comprar produtos embalados: pó de café, manteiga – que tem que ser manteiga mesmo e não margarina ou qualquer mistura, azeite ou outro óleo para preparo de alimentos e chega. No máximo um pouco de macarrão uma ou duas refeições na semana. Leia de novo que eu escrevi macarrão e não as massas instantâneas ou prontas para colocar no micro-ondas.
Leite, só se for leite de verdade, daqueles que talham quando você demora para consumir. Aqueles que vêm em garrafa. Nada de caixinhas. Queijos, só os de verdade também; os patês e invenções diet e light, não!
Você pode achar isso uma loucura, mas verá que não é tão difícil assim. Quer fazer um bolo? É só comprar os ingredientes e preparar a receita. Como sua avó fazia. Quer comer um doce? Faça uma sobremesa a partir de frutas e outros ingredientes naturais, leite, ovos…
Não tenha medo de engordar ao ingerir alimentos de verdade. Estudo este tema há muito tempo e ainda não encontrei nenhum alimento que não tivesse algum nutriente benéfico como uma vitamina, mineral ou até mesmo as tão necessárias fibras, para que possamos funcionar como fomos programados. Tente fazer isso por 3 semanas e depois veja o que acontece…
Tente fazer isso por três semanas e
veja o que acontece…
Fiz isso há algum tempo e posso dizer que o resultado transforma mais do que a qualidade da vida, transforma a vida em si.
Agora é o momento certo de experimentar viver de forma nova, melhor. Temos mais tempo, menos dinheiro e precisamos como nunca de boa saúde. Estou cada vez mais confiante de que é esse o nosso grande aprendizado nessa pandemia. Se você quiser saber mais, até o nosso sono e as nossas interações com as outras pessoas melhoram quando estamos corretamente nutridos.
A ansiedade diminui e o humor deixa de flutuar com as variações loucas de hormônios que sofremos pelos disruptores hormonais. Estas substâncias disruptores estão entre os alimentos ultraprocessados e produtos poluidores do meio ambiente.
Há milhares de artigos
médicos publicados sobre isso…
Há milhares de artigos médicos publicados sobre isso e com fatos comprovados. Por que então não se fala sobre o tema fora dos circuitos ambientalistas? Porque não interessa à indústria de produtos alimentícios, de produtos saudáveis, dos produtos farmacêuticos e nem mesmo da indústria da beleza.
E a solução é muito simples! Por favor, você não precisar ir para nenhum spa para comer arroz com feijão e uma salada, ou fazer uma vitamina de frutas! Não precisa de nenhum equipamento mais sofisticado que um liquidificador e o fogão para preparar comida que nutre.
Outros equipamentos e ingredientes podem até já estar mofando na sua cozinha, sem você saber para que se usa. Procure receitas de pratos simples e com bastante vegetais.
Você vai adorar descobrir esse mundo de novidades.
E com certeza vai se sentir muito melhor!
Apenas tente…
ouse viver melhor