Furo nas orelhas

“Pronto! Produção em cima, só faltam os brincos! E aí… Que horror este brinco que desmaia no furo alargado! Perde toda a graça!”

“Pronto! Produção em cima, só faltam os brincos! E aí… Que horror este brinco que desmaia no furo alargado!  Perde toda a graça!”

Quem não conhece alguém que tenha passado por essa chateação de rasgar o lóbulo com o uso de brincos?

Às vezes são  mamães, vovós ou titias que sofrem um puxão inesperado  e… lá se vai a orelha! Mas também há o time das usuárias de brincos enormes, que alargam o furo pouco a pouco. Ou talvez algumas mulheres que não levam em conta hábitos simples possam também ser os responsáveis por esse alargamento dos furos.

Escovar os cabelos ou vestir roupas com brincos colocados podem levar a pequenos puxões que ao  longo do tempo vão ferindo a orelha e pouco a pouco causam o aumento do furo. Dormir com brincos, mesmo os pequenos, causam microtraumas capazes de ferir a orelha e alargar o furo. Mas especialmente as pessoas que têm alergias ou eczemas quando usam alguns metais devem evitá-los, pois a inflamação é a maior responsável pelo aumento dos furos. Insistir em ficar com o brinco quando sentir vermelhidão ou coceira é passaporte certo para encrenca.

Ficar muito tempo com um brinco sem retirar para limpeza também pode causar inflamações por acúmulo de descamação da pele e oleosidade.

Os brincos maiores devem ser usados por curtos períodos de tempo, não mais do que poucas horas e sempre com suportes atrás da orelha. São os “sutiãs” de brincos, aquelas pecinhas plásticas que distribuem o peso pela parte posterior do lóbulo.

Se a orelha inflamar  o melhor é tirar o brinco vilão, esperar a pele se recuperar completamente e depois usar um outro tipo de brinco, bem leve e de outro material.

O que fazer quando o dano já estiver feito? É necessário a ajuda de um cirurgião plástico, que através de um procedimento simples, feito com anestesia local, em consultório, retira um mínimo filete de pele ao redor do furo e une as parte com pontos. Se houver muita fibrose no local, às vezes é necessário um pouco mais de cuidado com esse fechamento, mas sempre é um procedimento possível de ser feito em consultório. O que pode mudar é a possibilidade de fazer um novo furo no mesmo local ou fora da cicatriz. Sempre que possível deve-se evitar manter o furo sobre a cicatriz de um fechamento, pois esta tem maior facilidade para alargar novamente.